Para Pensar

Ciclo de Vida de Um projeto

02 de agosto de 2013


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Compreender um projeto envolve o entendimento do seu ciclo de planejamento, procurando dar a ideia dos passos a serem seguidos no processo de seu planejamento.

Segundo as diretrizes estabelecidas no PCM (Project Cycle Management), desenvolvido pela GIZ, as etapas que um projeto percorre ao longo de sua vida são sucessivas e modulares. Por exemplo, só quando houver clareza sobre os objetivos é que podem ser definidos os serviços e produtos necessários à sua execução. Só após se chegar a um acordo sobre as diretrizes de um projeto podem ser tomadas as decisões sobre a sua execução e quais serão os recursos necessários.  O processo envolve o término de cada uma das fases caracterizadas por: “Conjunto de objetivos está definido” (fase da identificação), “Estratégia está elaborada” (fase de concepção), “Objetivo do projeto foi alcançado” (fase de execução), “Resultados e impactos foram observados? (monitoria e avaliação). Esta é a lógica que norteia a sequência dos passos do planejamento de um projeto.

O processo aqui descrito não evolui de forma linear, antes se caracteriza por constantes retroalimentações que permitem que as tarefas de análise, planejamento e decisão sejam retomadas e aprofundadas com base nas experiências existentes. Assim, por exemplo, a definição dos objetivos não está encerrada com o término da fase de identificação, pois eles devem ser continuamente revistos e, se necessário, redefinidos durante a execução do projeto. Igualmente todas as outras decisões de um projeto não são definitivas e devem ser adequadas quando necessário. De forma resumida pode-se dizer que os planos só têm validade até o momento em que novas evidências mostrem a necessidade de sua modificação.

A base para tais adequações é constituída pela observação, análise e avaliação sistemática da execução do projeto (monitoria e avaliação). Mas esta não pode se ater apenas às metas do planejamento. Também as condições do ambiente socioeconômico do projeto precisam ser observadas. Além disso, é importante identificar cedo, no Ciclo de Projetos, efeitos não desejados e avaliar as consequências previsíveis.

De forma global, o processo de gerenciamento de um projeto apresenta os mesmos desafios para toda organização executora. Na cooperação para o desenvolvimento entre diversos países, os processos de trabalho de diferentes organizações são interligados. Em vista desta estrutura organizacional de maior complexidade, as exigências com relação ao gerenciamento são também mais elevadas. Especialmente importante é o esclarecimento dos papéis, funções e responsabilidades dos atores sociais envolvidos.

Pode-se dizer, didaticamente, que um projeto é constituído por quatro etapas básicas:

  • Etapa de identificação – etapa de identificação do objetivo do projeto;
  • Etapa de concepção – etapa referente à elaboração do plano do projeto;
  • Etapa de execução – etapa de execução até o alcance do objetivo proposto;
  • Etapa de monitoria e avaliação – está presente em todas as etapas do projeto até a sua conclusão;

O processo não se realiza de forma linear, mas seguindo curvas de realimentação dependentes de reflexões, análises situacionais, planejamentos e tomadas de decisão, que irão ocorrer ao longo do projeto, formando ciclos, tendo sempre como referência as experiências obtidas anteriormente. Assim, os objetivos definidos na fase de identificação devem ser revistos e reajustados, quantas vezes for necessário, ao longo da execução do projeto, até que os objetivos sejam alcançados. O acompanhamento e a revisão deverão ocorrer em todos os componentes do projeto, baseando-se nas observações, análises e avaliações sistemáticas previstas e executadas por um sistema de monitoria e avaliação.

MUNDO DA PLANIFICAÇÃO 

A) Fase da identificação

  1. Percepção dos problemas e dos potenciais - é a etapa de análise dos problemas e dos potenciais, do contexto interno e externo da organização, iniciando o conhecimento da realidade e a identificação e o envolvimento dos atores. Representa o ponto de partida para um novo projeto. Esta etapa poderá ser desenvolvida através de reuniões com segmentos da sociedade, potenciais geradores de demandas e oportunidades.  
  2. Análise da situação - começamos a analisar as primeiras ideias de solução e a sua préfactibilidade. Neste passo, começamos a desenhar algumas das possíveis soluções para os problemas identificados, aproveitando os recursos disponíveis. Este é um momento de análise e então, muito cuidado com análises intermináveis. Devemos lembrar que o contexto pode se modificar rapidamente. 
  3. Definição dos objetivos - com a análise dos problemas e potenciais realizada, podemos então começar a definição dos objetivos do nosso projeto, tentando analisá-los do ponto de vista do seu impacto provável. Esta análise poderá fornecer elementos para a seleção de uma estratégia do projeto. Cuidado também para não realizar exames sem fim. 

B) Fase da concepção. 

  1. Seleção de uma estratégia do projeto - com base no exame dos impactos analisados ou de critérios de seleção estabelecidos pelo grupo, selecionamos as linhas de ação a serem desenvolvidas pelo projeto. Estes critérios poderão ser: tempo para a realização, urgência, maior impacto, interesse do público-alvo, necessidade de recursos humanos ou financeiros etc. Cada alternativa selecionada deve ser também analisada sob o ponto de vista dos seus possíveis impactos. Estratégia sem objetivos é o mesmo que agir sem saber por quê.
  2. Determinação das ações previstas - delimitando o campo de ação do projeto, definindo os primeiros indicadores de sucesso. Neste passo teremos uma ideia mais clara do conjunto do projeto. Nesta etapa, também analisamos o conjunto de ações sob o ponto de vista dos impactos prováveis do ocasionados por ele.
  3. Determinação dos recursos necessários - delimitando a amplitude do projeto, com a previsão da necessidade de recursos humanos e financeiros, verificando a sua factibilidade e os seus possíveis impactos. Poderá ocorrer a necessidade de um redimensionamento do projeto, para mais ou para menos, em função da necessidade ou disponibilidade de recursos.
  4. Elaboração da programação detalhada - neste momento, elaboramos o plano operacional do projeto, com a definição dos seus detalhes, como por exemplo, prazos, responsabilidades, orçamentos, como será feito cada passo concretamente etc. Didaticamente, o planejamento termina aqui, iniciando agora a fase de execução, monitoria e avaliação.
  5. Definição dos indicadores de resultados e de impactos – servem para se saber as reais dimensões do projeto e se ter elementos consistentes para a sua monitoria e avaliação, define-se indicadores de resultado (esforço) e de impactos (mudanças para o projeto). Eles auxiliam na construção do foco das ações, definindo claramente o que se quer produzir e alcançar ao longo do projeto, bem como as mudanças que ser provocar, geralmente, após a sua conclusão.

MUNDO DA REALIDADE VIVENCIADA.

C) Fase da execução.

  1. Realização das atividades programadas - esta etapa significa a concretização do plano operacional, seja ela de produção, comercialização, motivação, investimentos, informação etc. Este passo estará fortemente ligado ao processo de monitoria, verificando se as atividades previstas estão sendo realizadas, se os indicadores então sendo alcançados.
  2. Monitoria - conjuntamente com a realização, monitoramos os impactos previstos, se estão se concretizando ou se estão ocorrendo outros não previstos na fase de planejamento. Caso se perceba a necessidade de pequenas correções no projeto, como redefinir cronograma, novas atividades, responsabilidades, poderemos fazê-lo. Estas modificações normalmente ocorrem no âmbito do plano operacional.
  3. Impactos do projeto - caso a monitoria indique que os impactos previstos não estão ocorrendo ou que outros não previstos se concretizam, podemos promover uma rápida revisão no plano operacional, ou então, promover uma avaliação estratégica do projeto.
  4. Avaliação do projeto - uma avaliação não deve ocorrer somente ao final de um projeto, para saber se conseguimos concretizar os indicadores previstos e os impactos intencionadas. Podemos programar momentos de avaliação no decorrer do projeto, tanto quanto mais complexo ele for. A avaliação permitirá um ajuste mais forte no nível dos objetivos ou mesmo da estratégia do projeto. Deverá indicar a conclusão do projeto, com o alcance dos seus objetivos ou que uma nova realidade existente necessita de um novo projeto, observado o novo contexto. Assim, iniciamos uma nova percepção dos problemas e dos potenciais existentes e deste modo, a elaboração de um novo projeto. Este processo de planejamento, realização e avaliação podem ser comparados a uma espiral, que segue em um processo contínuo, mas sempre com contextos distintos.

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