Processo de Construção Participativa.
WhatsApp25 de fevereiro de 2009
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Os diferentes modelos participativos de organização da sociedade existentes têm como seu grande desafio assegurar o envolvimento ativo dos seus integrantes nos diferentes níveis de decisão. O caminho para esta concepção é o desenvolvimento de um sistema de construção participativa, ajustado a cada realidade, prático, ágil e eficiente, a partir do qual as diferentes orientações sejam emanadas por seus verdadeiros sujeitos.
A baixa participação dos envolvidos nos processos decisórios; cultura e consciência associativa pouco desenvolvida; capacitação gerencial pouco desenvolvida e o fraco domínio de metodologias apropriadas para um trabalho participativo são alguns dos entraves neste caminho.
Um processo de construção participativa deve estabelecer uma relação dialética entre dirigentes e associados, nos diferentes níveis de poder e de representação. Assim, um processo de “vai e vem” deve ser instalado, isto é, para cada passo dado por um dos lados, deve haver a resposta pelo outro e caso não haja, o processo será interrompido. A sua velocidade depende dos próprios envolvidos e da qualidade dos instrumentos desenvolvidos para assegurar momentos de reflexão, decisão, realização e de avaliação, produzindo as mais importantes propostas e decisões, no nível nacional, estadual, passando pelos níveis regional e em cada cooperativa.
Deve-se construir um fluxo de decisões "de baixo para cima" e o retorno subseqüente das orientações "de cima para baixo", completando-se sucessivos ciclos de um processo de reflexões.
Este fluxo deverá estar centrado nas questões vitais da organização, concentrando-se suas atenções, de forma participativa, nos aspectos que realmente mereçam um debate. Deve-se tomar o cuidado para a não transformação deste processo numa espécie de “participatite” ou “democratite”, onde qualquer questão banal tenha que ser submetido a maioria, transformando-se a vida destas organizações numa seqüência interminável de reuniões sem relevância. Incentivar os colaboradores e dirigentes, para que, em suas áreas de responsabilidade, tomem as decisões quando forem requeridas e somente, quando fundamentais, submetê-las aos demais integrantes.
Desta forma, fortalecemos os processos participativos; reforçamos os diferentes atores, papéis e suas responsabilidades; dá-se agilidade aos diferentes processos e preserva-se o tempo necessário para que cada dirigente, associado ou colaborador tenha o tempo suficiente para poder pensar, conceber e desenvolver sua organização.
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